Novidade tecnológica já chegou aos supermercados de Santa Catarina. Aplicativo está começando a ser usado em outros sete estados.
Uma novidade tecnológica permite que os consumidores usem o celular para controlar a quantidade de agrotóxico nos alimentos em Santa Catarina. O consumidor anda cada vez mais exigente. “É nossa saúde que está em jogo”, defende uma consumidora.
“O supermercado tem que se preocupar com isso também”, afirma um consumidor.O problema é que a maioria dos supermercados não sabe responder quem produz as frutas, verduras e legumes que você consome. A solução encontrada em Santa Catarina foi implantar um sistema inédito no país.
“Cerca de 78% a 75% de todas as frutas, legumes e verduras comercializados no estado já estão com rastreamento e identificação de origem”, explica o presidente da Associação de Supermercados Atanázio dos Santos Netto. De acordo com Atanázio, isso significa para o consumidor segrança alimentar: "Um produto com mais qualidade e uma questão de saúde pública", afirma.
No campo aumenta o compromisso e a responsabilidade do agricultor no uso do agrotóxico. Até porque, se ele exagera ou aplica um produto irregular pode ser facilmente identificado.
Uma das goiabas vendidas no mercado é da chácara do Maurinho Decker. Quando elas chegam no supermercado já têm nome e sobrenome. Até o consumidor pode acessar estas informações, basta usar um aplicativo de celular.
“Gostei. Sei de onde vem, o tempo para ele chegar até aqui também acho que é importante. Isso passa segurança para a gente”, diz uma consumidora.
O sistema de rastreamento reforça a fiscalização. Uma vez por mês os supermercados mandam amostras para a análises em laboratórios credenciados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Repórter: Se seu produto de problema?
Maurinho Decker: Vai aparecer.
Repórter: Vão descobrir quem foi?
Maurinho Decker: Vão descobrir e vai dar complicação.
Ao todo, 30% das análises feitas até agora apresentaram problemas, especialmente o excesso de agrotóxico. “O agrotóxico, quando usado na forma e na quantidade indicada pelo engenheiro agrônomo, não faz mal à saúde humana”, explica o engenheiro agrônomo Wagner Cavom.
Esta lição o produtor rural Jucélio Petry pôs em prática depois de entrar no programa. “Com o acompanhamento de um agrônomo a gente usa só o que é necessário, né?”, conta.
O rastreamento com o aplicativo de celular também está começando a ser usado em outros sete estados: Rio Grande do Norte; Sergipe; Ceará; Pará; Maranhão; Goiás e Brasília.