O presidente mundial da Telecom Italia, Marco Patuano, disse ontem, após se reunir com a presidenta Dilma Rousseff, que a TIM participará no leilão da frequência de 700 MHz para serviço móvel em quarta geração (4G), que deve ocorrer até o início de setembro.
“Repetimos nosso compromisso com o país e a vontade de fazer investimentos, em particular em tudo que vai ser o crescimento da banda larga móvel”, disse Patuano.
Segundo ele, a conversa com Dilma se focou mais nos investimentos do grupo italiano no Brasil, que hoje estão na faixa dos R$ 4 bilhões por ano, sem contar os aportes ligados ao leilão das novas faixas de 4G. “Então, acho que vai ser necessário mais. Estamos falando de um crescimento de 10% a 15% ao ano”, disse.
O CEO da Telecom Italia disse ainda que a empresa vem fazendo investimentos importantes para melhorar a qualidade do serviço no Brasil, “porém ainda não estamos em um nível de qualidade que podemos considerar de primeiro mundo”. A Telecom Italia não descarta uma eventual futura fusão entre sua controlada TIM Participações e a GVT no Brasil, operadora controlada pela francesa Vivendi, mas isso não está nos planos do grupo italiano neste momento, que busca reforçar a necessidade de ter uma estratégia independente de seus sócios. Para ele, as sinergias entre TIM e GVT são “óbvias”. “Eu acho difícil evitar as especulações. Somos uma companhia de bom sucesso no móvel e eles são uma companhia de ótimo nível de qualidade no fixo”, disse Patuano.
“Não descartamos nada, porém não é um tema em que estamos focados neste momento”, acrescentou. Ao ser questionado sobre a decisão da espanhola Telefónica, sócia da Telecom Italia e controladora da Vivo no Brasil, de reduzir sua participação no grupo italiano, por meio da venda de bônus conversíveis em ações, Patuano disse que A Telecom Italia precisa ter uma estratégia de negócios que seja independente de seus acionistas. “Eu acho que o tema da Telecom Italia é ter uma estratégia independente de qualquer acionista. Então esse é o nosso interesse e eu tenho de dizer que até agora sempre tem sido o caso da Telecom Italia e do relacionamento com a Telefónica”, disse Patuano.
Fonte: Brasil Econômico