A previsão de que 2016 seja duro para o varejo pode dificultar a adoção de novas ferramentas tecnológicas, apesar do interesse do setor pela inovação. Ainda assim, a transição para o digital é importante, já que elas ajudam a reduzir custos e otimizar operação.
Entre as soluções que devem ficar na fila de espera em 2016 está a RFID (identificação por radiofrequência), que permite o reconhecimento automático de produtos através de sinais de rádio, diminuindo assim a necessidade de caixa eletrônicos.
"Como é preciso uma etiqueta em cada produto, o custo fica inviável, principalmente no comércio massivo", analisa o especialista de soluções para varejo da SAP Brasil, Elia Chatah. Para ele, a tecnologia deve ficar restrita a nichos cujos produtos têm maior valor agregado, como moda e vestuário.
"Também há uma queda de braço sobre quem vai pagar, o fabricante ou o supermercado", relembra. Ainda assim, a perspectiva não impede a multinacional de buscar soluções mais baratas, como um protótipo de estante inteligente que permite ao lojista dar baixa em produtos a partir de critérios como peso.
A iniciativa faz sentido quando constatado que, apesar da deterioração das vendas em 2015, o setor ainda se interessa pela inovação. De acordo com estudo da Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil), 61% dos lojistas pensam em adotar ferramentas de controle mais modernas. Para 88% dos entrevistados, a incorporação de tecnologias deve influir positivamente na gestão dos negócios.
Materia na íntegra : DCI - Serviços - 23/12/2015