Demorou um pouco, mas Belo Horizonte entrou definitivamente na rota das grandes marcas que investem em lojas conceito. Montadas em espaços maiores, aconchegantes e interativos, onde consumidores podem conhecer produtos experimentais, essas lojas são a nova onda do varejo.
A próxima a desembarcar na capital será a Lego, líder mundial em brinquedos de montar. A expectativa da marca é que a flagship, ou loja conceito, abra as portas antes do Dia das Crianças, em outubro. O endereço escolhido foi o BH Shopping.
O diretor de operações da Mcassab, distribuidora da Lego no Brasil, Robério Esteves, não revela investimentos. Mas confirma que essa será a quarta loja conceito da marca no Brasil – as outras três estão em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.
A estratégia é estimular o varejo de brinquedos e fincar bandeira em uma das regiões economicamente mais importantes do país.
“A loja conceito cria uma referência de grife no mercado local e estimula crianças e adultos a entrarem no mundo Lego. Consequentemente, isso melhora as vendas em todas as lojas revendedoras da marca”, diz Esteves.
Exclusividade
Na flagship da Lego, clientes mirins e maduros encontram, logicamente, os blocos de montar da marca, mas também itens exclusivos para colecionadores, além de acessórios como chaveiros, canetas, borrachas, lápis, relógios, entre outros.
Ao todo são 300 itens, dos quais 237 serão ou foram lançados neste ano, o que prova que a grife não acredita em retração no consumo.
“É um momento passageiro na economia brasileira. Pensamos a médio e longo prazo e já planejamos outros investimentos”, afirma o executivo, que mantém os detalhes dos novos projetos em segredo.
Em setembro do ano passado, a Gran Viver Urbanismo, do grupo Seculus, inaugurou a primeira loja conceito do mercado imobiliário de Belo Horizonte. Localizado na Avenida do Contorno, no coração da Savassi, o espaço foi aberto como um marco em comemoração às 10 mil unidades lançadas desde a fundação da empresa, há 39 anos.
“A maioria dos empreendimentos da Gran Viver são condomínios fechados. E muitas vezes estão localizados no entorno da cidade e até mesmo em municípios próximos. A estratégia de ter uma loja em endereço central de BH é trazer facilidade para o cliente e proximidade com o público prioritário”, diz a diretora Comercial e de Marketing, Fabíola Regadas.
Segundo ela, havia ainda a necessidade de criar um espaço próprio para eventos voltados aos clientes das classes A e B, como coquetéis e palestras, apresentação dos empreendimentos a grupos de investidores, treinamento das equipes de venda e assembleias de associações de moradores.
Mais de R$ 200 mil foram investidos na nova casa. “Escolhemos uma região nobre da cidade. A loja gera visibilidade e reforço para a marca, principalmente ligando nosso nome aos nossos produtos de alto padrão”, explica Fabíola.
Fonte: Hoje em dia on-line - MG