Não é raro encontrar alguém que já tenha pesquisado informações de um produto na web, interessados na compra online. O relatório sobre intenção de compra apresentado na 33ª edição do Webshoppers da e-Bit/Buscapé, comprova essa informação. Segundo o relatório, os três trimestres (janeiro a setembro) de 2015 foram superiores ao mesmo período de 2014. Somente o primeiro trimestre de 2015 apresentou 94,7% de intenção de compra contra 88,3% do mesmo período do ano anterior.
Ainda de acordo com o relatório, a categoria de eletrônicos foi uma das que mais cresceu, com destaque para TVs e Telefonia Celular/Smartphones. Outro resultado que chama atenção é o aumento da faixa etária de pessoas acima de 50 anos (nascidas até 1966 e que na grande maioria compõe a geração baby boomers), que em 2015 representou 33%, três a mais que 2014.
A análise que convido aos leitores a refletirem comigo é uma combinação dos dados mencionados.
Quem já buscou algum produto eletrônico na web, certamente se deparou com uma série de opções no resultado da busca, com diversas marcas, produtos e informações.
Quando digitamos celular/smartphone em um buscador ou comparador de preços (até mesmo com especificações do modelo ou marca), temos como resposta uma quantidade razoável de informações, que a primeira vista nos parece muito bom, pois a sensação é que encontramos o que desejávamos. Todavia, é neste momento que algumas dúvidas aparecem.
Ao clicar em um dos resultados da busca, notamos que o produto não era exatamente o modelo desejado e as informações apresentadas pelos portais não são iguais, o que ajuda a criar uma confusão no momento da escolha e nos impede efetuar ou adiar a compra.
Como mencionado anteriormente, a faixa etária acima de 50 anos tem demonstrado interesse pelas compras online. No entanto, é importante lembrar que este público tinha um comportamento de compra diferente e costumava visitar diversas lojas para pesquisar sobre o produto, tirar dúvidas com um vendedor, às vezes um bate papo com a vizinhança também ajudava na escolha e assim o preço era o fator principal para a decisão de compra. Já no canal online isso não acontece. Ao ser impactado com informações muitas vezes confusas, o “cliente” acaba desistindo da compra por medo ou receio. Às vezes é possível enviar uma dúvida para o site, porém a resposta não é automática. Quem garante que o “cliente” espera pela resposta? Será que não comprará em outro canal?
Como facilitar a busca e compreensão das informações e aumentar a taxa de conversão? Todo produto comercializado no varejo físico, tem um identificador numérico chamado GTIN – Número Global do Item Comercial. O GTIN é o número que identifica um produto desde sua origem, do fabricante até o ponto de venda. Na cadeia física, o GTIN é a chave principal para diversos processos, principalmente de venda e reposição.
De olho no potencial que o GTIN pode ofercer para o canal online, alguns dos principais buscadores como o Google, por exemplo, adotaram o GTIN como um dado importante no cadastro do produto na webpage. A medida é uma iniciativa para melhorar o desempenho do sistema nas pesquisas e adicionar detalhes precisos dos itens. Além disso, foi constatado pelo próprio Google, que os comerciantes que aplicaram os GTINs corretos aos dados dos produtos, aumentaram as taxas de conversão em até 20%.
Ao utilizar o GTIN cadastrado em determinado produto para efetuar a busca na web, o resultado é mais assertivo, uma vez que somente o produto desejado será apresentado. Aliado a este conceito, imagine as informações do item bem estruturadas, facilitando a compreensão e transmitindo a certeza de que encontrei o que buscava. Será que a decisão de compra pode ser tomada no mesmo momento? Quanto isso representa para a taxa de conversão de sua empresa?
Encontrar o produto certo com informações precisas é o ponto chave para a decisão de compra. Será que você já gastou um valor razoável do seu dinheiro sem ter a certeza do que estava comprando? Te convido a fazer essa análise.
O GTIN é uma estrutura numérica padronizada no mundo inteiro. No Brasil, a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil é a entidade responsável. Normalmente a numeração começa com 789 ou 790, precedido por uma sequência de números que totalizam de 8 a 14 dígitos, o mais comum têm 13. No mercado, muitos conhecem como código EAN ou código de barras do produto. Além disso, a GS1 dissemina o padrão SmartSearch, que permite a estruturação dos dados do produto no canal online.