Governo de Santa Catarina - Comprovar o controle sanitário e assegurar a origem das carnes suína e aviária destinadas à exportação são os principais objetivos do programa "Rastreabilidade da Cadeia da Proteína Animal de aves e suínos em Santa Catarina". A proposta surgiu do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne), em parceria com a Associação Catarinense de Avicultura (Acav), e entre 2012 e 2013 teve quatro projetos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
O primeiro projeto resultou na implantação de prova de conceito e operação piloto do Sistema de Gestão da Cadeia Logística Segura para exportação de aves e suínos. O segundo tratava do diagnóstico para aperfeiçoamento tecnológico que poderia ser aplicado à rastreabilidade de suínos no Estado. Os dois foram concluídos e, como resultado, foi validada a tecnologia para a etapa de transporte dos produtos industrializados até o porto para exportação.
O terceiro projeto, resultado dos anteriores e que ainda está em execução, proporciona o desenvolvimento do sistema para acompanhamento do animal desde seu nascimento até a entrega dos animais nas indústrias. Os suínos são identificados na propriedade de nascimento com brincos eletrônicos, antes de serem encaminhados para propriedades especializadas nas fases seguintes de criação. Nos brincos são inseridos todos os dados de consumo de ração, mortalidade, administração de vacinas e movimentação entre as propriedades.
As informações são registradas no RSuiapp, aplicativo para rastreabilidade da carne suína desenvolvido para tablets. Dessa forma, podem ser consultadas na propriedade, antes de serem enviadas para a plataforma de rastreabilidade da carne suína (RSui) e utilizadas pelas Agroindústrias e pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
As ferramentas facilitam a digitação e eliminam erros na transcrição das fichas em papel, cujos dados muitas vezes precisam ser recapturados. A finalidade do armazenamento desses dados é atender as normativas nacionais e internacionais, comprovando a origem dos animais, exigida pelo Ministério da Agricultura, e, em caso de exportação, utilizando o relatório de rastreabilidade para embasar a emissão do Certificado Sanitário Internacional.
"É importante o mercado catarinense estar preparado para atender a demanda crescente de consumidores internos, bem como comprovar a segurança alimentar, entre outras exigências do mercado internacional, gerando diferenciais de competitividade", destacou o diretor executivo do Sindicarne, Ricardo de Gouvêa.
A implantação desse sistema pretende mudar procedimentos operacionais nas granjas e promover a inclusão digital das propriedades rurais.