A expressão “mar de rosas” define bem a Cooperativa Veiling Holambra (CVH), localizada na cidade paulista de Holambra - a 250 quilômetros da capital e considerada uma das maiores e mais importantes produtoras de flores e plantas ornamentais da América Latina. A adoção da tecnologia RFID, disponibilizada pela GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação, tem registrado crescimento anual de dois dígitos no país e promete semear negócios cada vez mais promissores para o setor.
A implementação e adoção de ferramentas de identificação por radiofrequência (RFID) representa um avanço importante para a cadeia de flores e plantas ornamentais, já que possibilita que a informação sobre cada item esteja disponível de ponta a ponta em toda a cadeia de suprimentos – fornecedores, centro de distribuição e varejo. Consequentemente, a RFID é uma solução sob medida para a gestão dos ativos retornáveis utilizados por grandes agentes dessa cadeia na área de logística, como é o caso da cooperativa brasileira, responsável por 45% da comercialização de flores e plantas ornamentais no Brasil.
O projeto está sob responsabilidade de Jorge Possato Teixeira, gerente de logística e facilidades da CVH, e a implantação a cargo de Francisco Roberto Pereira, coordenador de logística da cooperativa. A mudança estratégica tem por objetivo controlar a circulação e distribuição de seus produtos, com o intuito de reduzir custos, aumentar a precisão do controle de estoques, evitar fraudes operacionais, eliminar rupturas na distribuição e maximizar os ganhos, visando o alinhamento com práticas globais.
Além disso, o projeto contempla a utilização de etiquetas inteligentes no padrão global EPC (Código Eletrônico de Produto) da GS1, um número único usado para identificar cada ativo retornável da cooperativa paulista, que incluem carrinhos, divisórias, cestos, suportes e porta vasos.
Em parceria com a GS1 Brasil, o projeto da CVH começou a ser discutido em 2011 e atualmente está em fase de implantação. O início das operações com a nova tecnologia está previsto para 2014.
O papel da GS1 é, justamente, auxiliar as empresas na correta padronização das informações e na certificação dos códigos. Segundo Flávia Costa, assessora de soluções de negócios da GS1 Brasil, a solução RFID permite um controle mais efetivo do material que sai e retorna à cooperativa, tornando o acesso a informações mais amplo e agregando inúmeras vantagens para a logística e gestão de ativos.
De acordo com Teixeira, o ROI do projeto está programado para acontecer em um período de dois anos e meio. Com base no estudo de 2009 “Implementação de Soluções baseadas nos Padrões GS1 e EPCglobal para a Gestão de Ativos” da GS1 França, “cada R$1 investido na implementação da tecnologia RFID pode significar um retorno de R$2,17”, afirma Wilson Cruz, assessor da área de Inovação e Alianças Estratégicas da GS1 Brasil.
Mais informações sobre o projeto serão apresentadas no evento
RFID Journal LIVE! Brasil, realizado nos dias 6 e 7 de novembro, no Espaço APAS – Centro de Convenções, em São Paulo.