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17/05/2016

Código de barras explicado por quem entende do assunto - Programa 'Consumo em Pauta'

O código de barras é uma das principais ferramentas na automatização do processo de vendas. Ele também começa a ser utilizado na saúde e deverá ser muito usado pela internet das coisas

Presente em quase todos os produtos colocados nas prateleiras do varejo em geral, o brasileiro convive há 33 anos com o código de barras, sequência de números que facilita a automatização no processo de venda, de logística e movimentação de produtos. Ele vem sendo também visto como uma das principais ferramentas na área de saúde, refletindo segurança ao hospital e ao paciente ao possibilitar medicação na hora certa, na dosagem certa, para o paciente certo.

Mas o que significa cada algarismo dos 13 números que compõem o código de barras? Quem vai nos explicar é Marcelo Oliveira Sá (foto), executivo de negócios da GS1 Brasil, no Programa Consumo em Pauta, na Rádio Mega Brasil Online.

O executivo começa a entrevista falando dos três primeiros dígitos, que representam o país. As sequências 789 e 790 identificam o Brasil. “Não necessariamente estes três primeiros dígitos dizem que o item foi produzido no Brasil, mas sim que a empresa é associada à GS1 Brasil”, explica Oliveira.

Mas nem todos os países são identificados por três dígitos. Os Estados Unidos, por exemplo, cita o executivo, tem apenas um número. E se alguém tiver interesse em saber em qual país foi produzido o item que adquiriu, basta entrar no site da GS1 Brasil e digitar toda a sequência de número que receberá a informação da origem, da empresa, etc.

Identificado o país pelo três primeiros números, os próximos quatro a seis dígitos dizem quem é a empresa que produziu aquele item; em seguida, os próximos números falam do produto. “Por último, há o dígito verificador, que é calculado com base na sequência anterior. Este dígito dá segurança no processo. Quando o leitor do código de barras é acionado, ele faz o mesmo cálculo feito pela GS1 Brasil para estipular este último dígito. Se não conferir com o que está estampado no código, a leitura não será feita. Isso pode dizer que há algo errado”, explica Oliveira.

Conhecer o que significa toda a sequência de número do código de barras pode parecer não ser tão fundamental para o cidadão comum, mas cada vez mais estes números, que podem ser traduzidos como o RG de um item, fará parte do cotidiano do consumidor. A sua aplicação será fundamental, inclusive, para a chamada “internet das coisas”.

Hoje, a principal aplicação do código de barras é feita pelo setor hipermercadista, que inclusive foi quem puxou a implementação do padrão no Brasil. O código de barras possibilitou uma experiência positiva de compra para o consumidor. Mas toda a cadeia logística utiliza ele. “O código de barras nasce na indústria. O varejo é o grande usuário dele”, acrescenta o executivo da GS1.

Em pouco tempo, ele também trará a informação sobre a data de validade dos produtos. A GS1 Brasil já vem trabalhando nisso e o consumidor, por meio de aplicativos, poderá checar se o item está bom ou não para o consumo. “Já estamos conversando com empresas e elas estão preocupadas com a informação da data de validade”, diz Oliveira, acrescentado que o Brasil deverá ser o pioneiro nesta aplicação do código de barras em razão da necessidade do mercado, da legislação e para o controle do varejista, que poderá gerenciar melhor os produtos que estão na prateleira.

Outra iniciativa é estampar o código de barra de cada produto nas páginas do e-commerce, facilitando a vida do consumidor na hora de fazer uma busca sobre um determinado item e também garantindo segurança para quem compra, que terá a certeza de receber o item escolhido.

Na saúde, a utilização do código de barras também já está avançando e é “vista como uma das principais ferramentas para esta área”, ressalta o executivo da GS1. “Temos alguns hospitais utilizando o código de barras para melhorar a experiência do paciente e estes cases estão sendo estudados até fora do Brasil.” Oliveira continua afirmando que o paciente não enxerga a importância do código de barras em seu tratamento, “mas o fato de ter recebido o medicamento correto já mostra que é uma das principais ferramenta para a área de saúde”, finaliza.