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02/09/2013

Frutas e hortaliças

​A importância da implementação do sistema de rastreabilidade de ponta a ponta na cadeia produtiva do setor de frutas e hortaliças guiou o workshop sobre rastreabilidade promovido pela GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação no dia 28 de agosto, em São Paulo. 

 

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Cerca de 60 profissionais do setor participaram do evento, onde ficou claro que o sistema de rastreabilidade permite estabelecer com exatidão o percurso do produto, desde a produção agrícola até o consumidor final, visando a segurança dos alimentos para consumo. 

FAÇA O DOWNLOAD DOS MATERIAIS DO WORKSHOP ABAIXO
 
A abertura do workshop ficou por conta de Flávia Costa, assessora de soluções de negócios da GS1 Brasil, que ressaltou a importância dos padrões como uma boa prática para a identificação. Ela lembrou que a associação é um órgão consultivo da ONU para os padrões de identificação, ou seja, a organização GS1 é considerada a ABNT da identificação. 
 
Flávia também reforçou que o processo de rastreabilidade deve responder a cinco perguntas básicas: o quê, quando, de onde, por onde e para onde, além dos seguintes fatores: econômico, segurança do consumidor e cumprimento legal. “Um problema na cadeia produtiva é um problema de todos”, alertou a assessora. Segundo ela, quanto mais parceiros na cadeia de suprimentos e mais processos de negócios, maior é a complexidade nos sistemas de informação.
 
A ferramenta GTC (Programa Global de Rastreabilidade) também foi mencionada, pois garante a implementação correta da rastreabilidade, de acordo com o padrão setorial, na cadeia de suprimentos.  O GS1 GTC nada mais é do que um diagnóstico composto por um checklist que contém 104 pontes de controle em 12 seções nas empresas que implementaram ou pretendem implementar o sistema de rastreabilidade. Ao concluir esse checklist, é emitido um relatório de conformidade, ou seja, sugestões. As empresas Agro Gato Preto e Batista Legumes são exemplos da aplicação do GTC em 2013, apoiada pelo CEAGESP, cujo escopo vai da produção até a distribuição. 
 
Flávia aproveitou a apresentação para mencionar o padrão GS1 DataBar  para Controle da Data de Validade de Perecíveis, o que serve como mais um aliado para a segurança do consumidor ao comprar um alimento.
 
Monitoramento e rastreabilidade de alimentos frescos
O professor Hector Cabrera, representante do ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos), discorreu sobre os fatores importantes de gestão no monitoramento e rastreabilidade de alimentos frescos, que teve início em 1996 com a produção/extração de suco de abacaxi a partir da casca em Minas Gerais e da aplicação de agrotóxicos no campo. Ele citou a ferramenta APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), isto é, trata-se de método baseado em vários princípios diferentes de detecção direta ou indireta de contaminação, que serve para garantir a segurança do alimento. 
 
O professor mencionou a proliferação de microtoxinas em alguns alimentos exportados para Europa, devido à temperatura inadequada e, principalmente, na demora da liberação dos contêineres no porto de destino. Outra ferramenta para auxiliar o processo de rastreabilidade citada por ele foi o formulário GIQ (Gestão de Identidade e Qualidade), que na verdade fala da gestão por amostragem e do mapeamento do universo de amostra. 
 
O Grupo NK, historicamente, tinha sua participação focada somente no mercado varejista, atuando no setor de hortifrutigranjeiro há 40 anos. Em 2008, iniciou um trabalho com o tomate Sweet Grape junto a um pequeno grupo de produtores. Já em 2010, foi firmada uma parceria com a Sakata, empresa detentora das sementes Sweet Grape que criou o sistema integrado de produção de hortifruti. No workshop, Emilia Kayoko Higa, responsável pela gestão da qualidade do Grupo NK, apresentou como a empresa trata a rastreabilidade nos seus produtos e a utilização do GS1-128 como ferramenta.
 
“A rastreabilidade é o monitoramento de todas as etapas produtivas desde a produção no campo - a parte de processamento, embalagem, transporte, até a chegada ao varejo e ao consumidor final. Essa questão é importante porque é possível, através deste processo e também associado a ferramentas que vão nortear essa questão, ajudar a identificar os riscos. A tendência é que isso vá crescendo no Brasil e no mundo por proporcionar a segurança alimentar do consumidor”, acredita Emília.

Tecnologias de apoio
A palestra de Thomas Eckshmidt, representante da PariPassu, focou na utilização de tecnologias de apoio à rastreabilidade e frisou a necessidade de protocolos de comunicação para melhorar o processo de rastreabilidade. Segundo ele, é preciso unir os elos da cadeia produtiva, fato que representa um grande problema no cenário atual. 
 
Eckshmidt também ilustrou sua apresentação com dados interessantes: segundo a FAO, 1/3 dos alimentos produzidos no mundo inteiro são desperdiçados na cadeia produtiva, o que gera uma perda de R$ 2 milhões.  De acordo com a ONU, 60.000 km2 são desertificados por ano. É como se um território no tamanho do estado do Rio Grande do Norte desparecesse a cada ano. 

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Programa de rotulagem
A professora Anita Gutierrez (foto acima) falou sobre o programa de rotulagem apoiado pelo CEAGESP. Segundo ela, o rótulo, além de ser uma exigência legal, é a identidade do alimento e isso acaba por aproximar o consumidor do produtor. Anita também mencionou o fato de que a exposição a granel do alimento/produto é um obstáculo para o produtor e à rastreabilidade. 
 

Foco no consumidor
A quinta palestra do evento foi ministrada por Valeska de Oliveira, representante do PMA (Produce Marketing Association) - uma associação global e sem fins lucrativos que surgiu nos EUA. Com foco no consumidor, nas tendências globais e na rastreabilidade na indústria, a palestra teve como principal mensagem o conhecimento do consumidor para aumento de vendas. 
 
MATERIAIS PARA DOWNLOAD

(reportagem de Luciana Donegatti de Lima – Marketing e Relações Institucionais da GS1 Brasil)