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06/04/2015

Loja do futuro: tecnologia ou cultura?

Em uma pesquisa da Microsoft, o brasileiro é um dos povos mais otimistas em relação ao impacto positivo da tecnologia no cotidiano das pessoas. No setor varejista, principalmente, nossos olhos brilham quando ouvimos falar da loja do futuro, cheia de recursos tecnológicos. Mas, na visão Marcelo Oliveira Sá, assessor de negócios da Associação Brasileira de Automação - GS1 Brasil, antes da tecnologia, a loja precisa ser agradável aos olhos do consumidor e a experiência de compra - tanto no físico quanto no virtual - é quem dita o ritmo dos negócios.

“Claro que a tecnologia precisa estar presente, mas o futuro do Varejo vai além disso. Para proporcionar experiência e envolvimento do consumidor, o varejista precisa deixar tudo simples e rápido, com informações de produtos à disposição do cliente. Os serviços que ajudam na tomada de decisão ou agregados ao atendimento também fazem a diferença. Mas para isso, a marca precisa trabalhar a cultura da inovação tecnológica”, diz.

Para o assessor, o desafio cultural faz parte do processo de maturidade do varejista, pois para implementar tecnologias ele precisa se adaptar e ver a viabilidade de uso. “Existem diversas soluções de automação que já são realidade no Varejo brasileiro, mas nosso País é imenso e existem empresas na vanguarda da inovação, outras que esperam cases de sucesso para tomar alguma atitude e tem aqueles que quase não contam automação nos processos”, acrescenta.

Capturas de informação

A tecnologia de radiofrequência (RFID), que já é muito utilizada na cadeia de distribuição no Brasil, vem ganhando espaço no Varejo e é forte candidata a apresentar a loja do futuro para o brasileiro. Marcelo Oliveira Sá destaca o uso do RFID no setor têxtil, onde todos os produtos são etiquetados com uma tag que contém código eletrônico. As informações vão além das contidas no código de barras, por exemplo, e permitem gerenciamento mais avançado como inventário da loja e de mercadorias.

O RFID também pode ser usado no setor de alimentos perecíveis, no qual os códigos impressos nas tags trazem prazos das datas de validade, além de informações de variedade de produtos e fornecedores. Essa tecnologia também auxilia nos autoatendimentos e self check out, o que dispensa a presença de um vendedor e o consumidor já efetua a compra sem precisar passar pelo caixa da loja.

No setor têxtil, a marca Memove, presente em vários shoppings brasileiros, é equipada com sistemas de RFID. A solução se destina à experiência de compra, agilidade no atendimento e segurança, o que garante que nenhuma mercadoria não comprada seja removida da loja.

“Essa tecnologia vem se mostrando viável para alguns segmentos, como esses exemplos citados. Mas para seguir com sucesso no Varejo de massa, o RFID ainda precisa reduzir os custos de implementação, pois exige instalação das tags, antenas, leitores e sistema de gestão das informações”, aponta.

Na visão do executivo, a loja do futuro é um conceito discrepante, pois para muitos varejistas, esse caminho faz parte do cotidiano dos negócios. Para outros, é um futuro ainda distante. “Por ser um setor muito amplo, ainda vamos esbarrar na reestruturação de processos e na barreira cultural”, conclui.

Fonte: Decision Report