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22/02/2017

 Programa de rastreabilidade auxilia indústria alimentícia proibida de vender extrato de tomate contaminado

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento e proibiu a venda em todo território nacional do lote L. 11 07:35 do extrato de tomate da marca quero, conforme resolução-RE n° 454, de 17 de fevereiro de 2017. Caso o fabricante tenha adotado o Padrão Global de Rastreabilidade GS1, o recolhimento será ágil e preciso. Isso porque se trata de um padrão empresarial desenvolvido no Processo de Gerenciamento de Padrões Globais GS1 (GSMP), uma comunidade de mais de 800 empresas da Ásia, Europa e Américas que representa varejistas, fornecedores, indústrias, organizações membros da GS1 e provedores de soluções de todos os setores da economia.

A rastreabilidade representa a capacidade de recuperação do histórico, da aplicação ou da localização de itens. Além de permitirem o acompanhamento de mercadorias, os processos aliados à tecnologia melhoram a eficiência do recall, uma vez que permitem a troca e o gerenciamento de informações entre todos os elos envolvidos da cadeia de suprimentos até que o produto chegue ao consumidor.

A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, organização sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global, tem desenvolvido e aperfeiçoado padrões e soluções para a cadeia de suprimentos durante os últimos 32 anos. Com base nessas três décadas de experiência, a entidade criou o Padrão Global de Rastreabilidade (GTS, na sigla em inglês para Global Traceability Standard) e pretende torná-lo a referência reconhecida por empresas que exigem algum tipo de rastreabilidade.

O GTS permite a adoção da rastreabilidade em uma escala global, tanto para pequenas como para grandes organizações, por toda a cadeia de suprimentos, indiferentemente da quantidade de empresas envolvidas e das tecnologias disponíveis escolhidas (código de barras ou radiofrequência, por exemplo).

O Padrão Global de Rastreabilidade GS1 é complementar a outras normas internacionais como as da ISO, Global Food Safety Initiative (GFSI), do CIES, Global Food Standard, do British Retail Consortium, Food Marketing Institute, do Global Gap ou demais certificações para alimentos orgânicos. A GS1 auxilia empresas e organizações a atenderem a exigências desse tipo de requisito ao prover a base para a criação de um sistema de gestão mais integrado. O objetivo é maximizar a eficácia do gerenciamento de processos produtivos e logísticos.

“A rastreabilidade possibilita às empresas acompanharem a trajetória e a exata localização de seus produtos desde que saem da produção até sua chegada ao varejo, a qualquer momento”, destaca o presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira.